Clara Sandroni, Marcos Sacramento, Maurício Carrilho - Saravá, Baden Powell!

s cantores Clara Sandroni e Marcos Sacramento lançam, pela Biscoito Fino, um disco em homenagem a um dos maiores violonistas do país. Saravá, Baden Powell! é uma compilação de algumas das obras-primas do músico, em parceria com os poetas Vinicius de Moraes e Paulo César Pinheiro. ?Regravar essas canções era uma idéia muito antiga. Eu sempre quis cantar esse repertório que amo tanto?, diz Clara. Para a empreitada, Clara convidou o cantor Marcos Sacramento e o violonista Maurício Carrilho. Juntos, apresentaram o show com o repertório do álbum em espaços cariocas, como Sérgio Porto e BNDES, entre 1995 e 1998. Há quatro anos gravaram em estúdio o violão certeiro de Carrilho e as percussões de Marcos Suzano, Carlos Negreiros e Zero. As vozes foram colocadas em 2001, quando assinaram contrato com a Biscoito Fino.
Das 14 músicas, há duas raridades de Baden, letradas por Paulinho Pinheiro: Lapinha, primeira da dupla a integrar o repertório de Elis Regina, que na época já era consagrada, e É de Lei. Clara e Sacramento pinçaram três sambas de Vinicius com o violonista (Tem dó, Formosa e Deixa, as duas últimas emendadas em uma única faixa) e nove dos famosos afro-sambas: os conhecidíssimos Berimbau, sucesso nacional de 1964, e Canto de Ossanha, definitivo na interpretação de Elis, datada de 1966. O roteiro inclui ainda Consolação, Canto de Xangô, Tristeza e Solidão e Bocoché mais Canto de Iemanjá, Tempo de Amor e Canto de Pedra Preta. Vale a pena prestar atenção nos elementos percussivos de Saravá, Baden Powell!. Negreiros, conhecedor dos toques do candomblé, enriqueceu os cantos de Xangô e Iemanjá com as levadas originais.