Um dos mais emblemáticos detetives da literatura policial começa a sentir o peso dos anos. E da solidão. Mas como os vinhos que tanto aprecia, Salvo Montalbano ganha mais personalidade e sabor com o passar do tempo. Refinado, amante dos prazeres da boa mesa e avesso à violência, é com o mesmo intelecto aguçado com o qual resolve os mais intrincados mistérios que ele analisa sua própria trajetória. Em A paciência da aranha, um comissário Montalbano triste e deprimido, atormentado por uma crise existencial, se pergunta: é possível um homem chegar ao fim de sua carreira e se rebelar contra tudo que lutou para manter? Convalescendo após um quase encontro com a morte em uma de suas aventuras anteriores, cuidado pela fiel e amada Lívia, reavalia suas crenças, a vida dedicada a uma justiça na qual não mais acredita cegamente. Em meio a divagações morais, percebe que os criminosos que ajudou a prender são infelizes vítimas de um sistema também imperfeito. E às vezes aquilo que ele acreditava correto era considerado errado pela justiça. Então, seria melhor seguir a lei ou a própria consciência? Montalbano é retirado desse auto-exame por um chamado de seus companheiros da força policial de Vigàta: uma moto fora roubada. Sem entender porque o perturbariam por tão pouco, o inspetor logo descobre que junto com o veículo foi levada a bela universitária que o conduzia, Suzanne Mistretta. Apesar dos telefonemas anônimos à família e uma foto da menina raptada, Montalbano acredita haver mais por trás do caso. E ele será o único capaz de encontrar o fio de uma teia tecida com paciência e crueldade...
Editora : Record; 1ª edição (26 janeiro 2011)
Idioma : Português
Capa comum : 240 páginas
ISBN-10 : 8501086614
ISBN-13 : 978-8501086617
Dimensões : 20.4 x 13.2 x 1.4 cm