“― Nem mesmo eu sei muito bem quem sou ― confessou-me ele. ― Não reconheço mais meu reflexo. Afinal, teria eu uma aparência definida?” Vivo, audacioso, impertinente, galante, Arsène Lupin é o Robin Hood da Belle Époque. Conquistando corações, atraindo pessoas que gostam de uma boa risada, zombando das situações e dos burgueses e ajudando os fracos, ele é um Robin Hood bem francês: não se leva muito a sério, suas armas mais mortíferas são seus traços de espírito; não é um aristocrata que vive como um anarquista, mas um anarquista que vive como um aristocrata. Depois de meio século, Arsène Lupin não envelheceu. E nunca envelhecerá, apesar de sua cartola, capa e monóculo.