Tive o privilégio de acompanhar de perto, desde 1972, a Fórmula 1 e a saga dos brasileiros na categoria mais importante do automobilismo mundial. Em 2004, depois de ler Ayrton: o herói revelado, ficou claro que a biografia escrita por Ernesto Rodrigues era o retrato mais completo, preciso e emocionante da trajetória de Ayrton Senna. Ninguém mergulhou com tanta sensibilidade, elegância e espírito jornalístico na história do gênio cuja vida eu acompanhei desde 1982, quando ele assombrou os autódromos ingleses nas disputas da Fórmula Ford, até aquele terrível 1º de maio de 1994, o dia em que todos ficamos órfãos de seu talento e carisma. Frequentemente, quando me perguntam sobre momentos específicos da minha vida ao lado do Ayrton, a única resposta que vem à mente é: “leia o livro do Ernesto Rodrigues”. E agora, enquanto escrevo as minhas memórias, Ayrton: o herói revelado é fonte de consulta valiosa, graças à profundidade da pesquisa e à forma de expor do meu amigo Ernesto. Vinte anos depois, ao ler a edição atualizada do livro, constato não apenas que eu estava certo quando apostei que ninguém faria uma biografia tão completa. Verifico, com prazer, passados trinta anos da perda de Senna, que, além da veracidade, permanência e relevância do que Ernesto escreveu em 2004, ele agora nos brinda uma atualização e uma contextualização do livro que abrange os acontecimentos significativos ocorridos depois de Ayrton, tanto na Fórmula 1 quanto no Brasil. Ayrton: o herói revelado, assim como Senna, continua importante, emocionante e inesquecível. ― Reginaldo Leme, Comentarista de Fórmula 1