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Gilberto Gil nasceu 30 anos depois de Luiz Gonzaga. No ano em que Gil completa 70 anos, uma de suas grandes influências faria 100 anos. Quando criança, o primeiro instrumento de Gil foi uma sanfona, instrumento com o qual participou de uma primeira gravação em estúdio, ainda em Salvador.
Nesta coletânea especial, reunimos as gravações que Gil fez das canções de Gonzagão desde os anos 70, quando retornou de seu exílio londrino com muita saudade de suas origens musicais, até os anos 2000, quando realizou dois projetos seguidos recheados de clássicos do Rei do Baião.
Como todos sabemos Gil já estreou nacionalmente em 1965 com um Procissão, uma canção de protesto que trazia em sua estrutura muita influência do baião. Com a Tropicália em 1968, influenciado pela revolução sonora dos Beatles, Gil foi responsável por buscar algo mais híbrido para os arranjos daquela fase, mas já no exílio londrino a partir de 1969, Gil começou a sentir saudade de suas origens. Na volta, já a partir de 1972, começou a colocar referências em seus discos e principalmente em seus shows.
Gravou "Imbalança" em estúdio em 1973, depois tocou "Respeita Januário" no emblemático disco de Montreux em 1978 e assim foi gravando também Macapá (1979) e Vem Morena (1984). Até que, nos anos 90, essa influência começou a deixar claro para Gil que ele precisava fazer um disco dedicado a Gonzagão. Ele chegou perto disso em 2000 e 2001, quando gravou os álbuns "Eu, Tu Eles" (trilha sonora) e "São João Vivo". Mas é com essa coletânea produzida por Marcelo Fróes, com autorização de Gilberto Gil, que se realiza o plano completo, reunindo todas as versões que o intérprete fez para músicas do "Rei do Baião".