A Gestalt-terapia compreende a relação terapêutica como a emergência, o que vem à luz a partir de uma cocriação entre cliente e psicoterapeuta. Por meio de casos clínicos, a autora conduz o leitor por sua trajetória sobre a compreensão da abordagem gestáltica, a qual está focada no desejo de contato que anima as relações conflituosas e no processo que revela sua “música”. Assim, o psidoterapeuta permanece no aqui-e-agora, mas também oferece suporte para o agora-para-o-que-está-por-vir, a energia do contato que, em qualquer sofrimento, pede para ser desenvolvida espontaneamente. Nestes 10 capítulos de seu livro, a autora oferece aos leitores uma maturidade profissional e humana desenvolvida ao longo dos 40 anos de paixão que ela trouxe para seu incansável trabalho em prol da Gestalt-terapia, na Itália e no exterior. Ela propõe muitas reflexões estimulantes sobre vários aspectos da abordagem gestáltica na contemporaneidade: a contribuição da psicoterapia para a sociedade contemporânea, para uma nova compreensão sobre agressividade, para o conceito de campo fenomenológico, para uma redefinição do amor na psicoterapia, para a passagem de uma perspectiva diádica para a triádica (superando assim a epistemologia e edipiana) e o suporte do agora-para-o-que-está-por-vir no casal, na família e nos grupos. Os méritos deste livro não se limitam a mostrar as interconexões entre as abordagens, ou à atualização da Gestalt-terapia para a sociedade contemporânea, estudando a técnica em profundidade, em vários contextos clínicos. Para mim, este livro tem ainda outro mérito: conduz o leitor a uma aventura que não é apenas intelectual, mas também cativante do ponto de vista emocional. E esta é uma característica central da Gestalt-terapia que sempre me fascinou. (Do prefácio de Paolo Migone)