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Com ilustrações de Hermenegildo Sábat, a obra de Eric J. Hobsbawm remonta aos anos de ouro do jazz.
Em História social do Jazz, Hobsbawm analisa o jazz como criação revolucionária dos negros, uma raça submetida a certas circunstâncias históricas - a escravidão moderna. A música é vista neste contexto como elemento de resistência, o que contribui na sua difusão. Num quadro mais amplo: a industrialização e as transformações no padrão de consumo de pretos e brancos, a relação do jazz com a indústria de discos e espetáculos, a popularização e seus cultores.
“[...] Eric J. Hobsbawm não é o primeiro estudioso do jazz a ir além dos clichês, mas é certamente o primeiro a fazer isso tão minuciosamente, não fosse ele um historiador acostumado a desconfiar das versões muito repetidas. Ele dá a justa atenção ao jazz como a criação revolucionária de uma raça submetida a certas circunstâncias históricas, e à importância dessas circunstâncias na sua expansão e nas suas tragédias, mas dá mais atenção ao contexto maior, à industrialização e às transformações nos padrões de consumo de brancos e pretos, à relação do jazz com a indústria de discos e de espetáculos, com seus popularizadores e cultores.” (Do prefácio de Luís Fernando Veríssimo)
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