Foram levados do Brasil 1076 prisioneiros para os cárceres da Inquisição em Portugal, durante a época colonial, porque sentiam e pensavam 'diferente'. Judaísmo, luteranismo, islamismo, assim como feitiçaria, sodomia, bigamia, proposições heréticas e blasfêmias, eram considerados crimes e punidos com degradação moral, exílio, confisco, cárcere perpétuo ou morte na fogueira. Como a sobrevivência do Tribunal dependia do confisco, o moloch inquisitorial clamava por mais oferendas, recriando as heresias sempre que arrefeciam. . A Inquisição foi sobretudo uma instituição racista, que discriminava e excluía, por lei, os descendentes de judeus, árabes, ciganos, negros e mulatos, até onde a memória podia chegar. A esta imposição forçada de crença e pensamento, os diversos grupos étnicos responderam com uma contestação clandestina, recusando os dogmas, semeando a livre crítica e perpetuando seus costumes ancestrais. . A este mundo subterrâneo e clandestino luso-brasileiro levam as fontes que são aqui apresentadas, em Inquisição: Prisioneiros dos Brasil, da renomada historiadora e pesquisadora Anita Waingort Novinsky, e que descortinam 'outra' história do Brasil, ainda oculta e em grande parte inexplorada.
Editora : Perspectiva; 1ª edição (1 janeiro 2009)
Idioma : Português
Capa comum : 248 páginas
ISBN-10 : 852730855X
ISBN-13 : 978-8527308557
Dimensões : 25.2 x 17.4 x 1.8 cm