O que chama a atenção em Os anões, de Veronica Stigger, é o que podemos chamar de certa propensão ao originário, que fica patente já no título de uma das três seções em que o volume se divide, Pré-histórias – as outras duas são Histórias e Histórias da arte. As Pré-histórias falam de um mundo primitivo que, no entanto, coincide integralmente com o nosso mundo presente. Estamos diante de seres que parecem ainda não ter aprendido as lições mais elementares de sobrevivência, como nos curtíssimos “Caça” e “Colheita”; ou perante criaturas que executam estranhos rituais, como no enigmático “Caverna”.