Fora de metros, como sói se dar Quando se trata de ajustar as contas Com as gentes e feitos mais trevosos (E que emprestam à pena o seu desar), Esses versos assim de nula monta Hão de desagradar os mui ciosos De datas, de lugares e do mais Que rubricam as páginas da História Com a versal que tanto lhes faltou Quanto sobrou horror a essas Geraes. Porém, não digam mal desta memória, Pois, se em fatos e anais não se estribou, Ao leitor cumpre reclamar que entenda, Muita vez é maior verdade a lenda. – Romance dos desenganados do ouro