Loucos, autodestrutivos, viciados, incompreendidos. Muitos dos maiores músicos de jazz da história receberam ao menos um desses epítetos, como nos mostra Geoff Dyer em Todo aquele jazz. O livro apresenta uma mescla entre ensaio e ficção, criando um romance fragmentado a partir de muita pesquisa histórica. Com um olhar afiado, o autor descreve de forma minuciosa os movimentos e descaminhos de artistas como Chet Baker, Duke Ellington, Art Pepper e Thelonious Monk. São gênios retratados em situações-limite, momentos de ruptura, como aquele em que Chet discute com um traficante, ou os devaneios de Art Pepper na cadeia. Dyer se deixa contagiar pelo improviso jazzístico ao compor sua obra, avançando de forma errática pelas tramas que cria, movido pelo sentimento e pelo instinto. Adotando um ponto de vista bastante pessoal e subjetivo, aproxima o leitor dessas figuras míticas da música norte-americana que fizeram a história não apenas do jazz, mas dos Estados Unidos, ao redefinir o espaço do negro em um ambiente dominado pelo racismo. Afinal, segundo Ornette Coleman, “as melhores declarações dos negros a respeito de sua alma foram feitas no saxofone tenor”. Todo aquele jazz, ao abordar o gênero de uma perspectiva intimista, não apenas oferece um novo olhar para os entusiastas da música de Monk, Mingus e Ellington, mas serve de guia para novatos que se interessam pelo som que parece exigir tanto de seus intérpretes a ponto de consumi-los por completo. “Talvez o melhor livro já escrito sobre jazz.” - Los Angeles Times “O único livro de jazz que recomendo aos meus amigos.” - Keith Jarrett “Um livro engenhoso escrito de forma brilhante.” - New York Times “Todo aquele jazz é um tributo comovente e original à música negra norte-americana.” - Bryan Ferry
Editora : Companhia das Letras; 1ª edição (27 maio 2013)
Idioma : Português
Capa comum : 240 páginas
ISBN-10 : 8535922709
ISBN-13 : 978-8535922707
Dimensões : 20.8 x 13.6 x 1.6 cm